quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Distribuição de renda é a arma do Brasil contra crise, diz Dilma

A presidente Dilma Rousseff afirmou que a política de distribuição de renda praticada pelo governo brasileiro, desde Lula, faz com que o país hoje “não seja presa fácil da crise internacional” e cria a “força para enfrentar essa crise”.

A observação foi feita nesta quarta-feira, 28, em Manaus, quando a presidente comentou o fato de o país ter alcançado a menor taxa de desemprego para o mês de agosto desde 2002, segundo dados divulgados pelo IBGE. Ela fez hoje o lançamento do programa Brasil Sem Miséria para o Norte, que articula ações específicas para os sete Estados da região.

Cabeça erguida

“Só na Europa 44 milhões de pessoas estão desempregadas. E nos EUA, (...) se você contar as pessoas completamente sem emprego, você chega a 14 milhões. O Brasil vive um momento diferente disso. Nós estamos em um momento em que a nossa taxa de desemprego atingiu o menor nível. Foram várias iniciativas que levaram as pessoas a saírem de uma situação de miséria e pobreza”, afirmou, em referência a programas como o Bolsa Família.

A presidente ressaltou que a crise econômica dominou os debates da 66ª Assembleia Geral da ONU, realizada na última semana, e defendeu que as políticas adotadas pelo governo permitem que o Brasil fique com “a cabeça erguida e encare todos os países do mundo”.

Valorização do trabalho

“Nós somos um dos países que fazem uma das políticas de distribuição de renda mais efetivas no mundo. Não só entre os países emergentes, como China, Rússia e Índia, mas também quando você vê a situação de concentração de renda em países ricos”, declarou.
“É isso que faz com que este país, que quando cresce, quando investe, quando consome, quando faz política social, não seja presa fácil da crise internacional. Nós temos força para enfrentar essa crise”, defendeu Dilma, lembrando que ao retirar 16 milhões de brasileiros da pobreza extrema (meta do Brasil sem Miséria), o mercado consumidor interno será fortalecido.

A melhor distribuição da renda, promovida através da valorização do salário mínimo, programas como o Bolsa Família e a própria luta das categorias por aumentos de salários e outras reivindicações, fortaleceu o mercado interno brasileiro, sustentando a demanda doméstica. Isto impediu a contração do consumo e o elevado nível de desemprego que se verificam nos EUA e na Europa e que constituem, agora, os maiores obstáculos à superação da crise. A vida dá razão às centrais sindicais que lutam por um novo projeto nacional de desenvolvimento fundado na valorização do trabalho.

Ao contrário do que ocorreu no Brasil, os governos estadunidenses e europeus destinaram trilhões de dólares aos bancos e deixaram os trabalhadores ao deus-dará. O resultado dispensa maiores comentários.

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