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O protesto foi organizado após os esportistas constatarem a destruição de uma rampa doada para a comunidade, que também beneficiaria o projeto social “Escolinha de Skate”. O equipamento estava guardado na antiga Estação Ferroviária há quatro meses, aguardando a reforma e montagem, que seriam feitas pela prefeitura de Rio Claro. Esta era a parte do acordo que cabia a entidade, que, ao invés disso, causou danos ao “empurra-la” com maquinário pesado. O secretário de turismo, Rene Neubauer, responsável, diz que foi preciso deslocar a pista para dar passagem aos carros alegóricos construídos no local.
Indignado, Saulo Cersar Cecagno, doador da pista e skatista há 30 anos, explicou que teve a iniciativa de procurar o secretário do esporte, Reginaldo Breda, há mais de um ano, e desde então, foram feitas reuniões periódicas, onde foi estabelecido o acordo que a rampa seria doada mediante uma reforma e construção de novas estruturas, transformando o mini ramp em um banks. “Durante as reuniões, apresentei o projeto da construção do banks utilizando a estrutura da rampa, inclusive, orçamentos de empresas especializadas. Construindo a partir da minha pista, o investimento aplicado pela prefeitura seria de 17 mil, quase nada comparado aos 70 mil de uma nova”, diz.
Segundo Saulo, o acordo se firmou no final de 2011, após o secretário ser informado de outros interessados em levar o projeto adiante. “No final do ano passado, a UDAM me procurou com o intuito de ficar com a rampa e desenvolver o projeto. Por questões éticas, conversei novamente com o secretário, que devido às circunstâncias, chegou à decisão de finalmente iniciar a construção”, explicou.
A rampa foi levada até a estação com a ajuda da UDAM, que alugou um caminhão Munck da prefeitura, com três viagens e auxílio da Guarda Municipal, que coordenou o transito durante o percurso. Ao chegar à Secretaria de Turismo, o secretário, René Neubauer, mostrou o local de descarga. Ali ficou, e por mais quatro meses, a prefeitura enrolou, e com a ajuda de um trator, rolou, e destruiu.
O “acidente” com a rampa é apenas mais um capítulo da trama do descaso com o esporte na cidade, mas que foi decisivo na tomada de decisão em realizar um protesto ativo. O presidente da Associação de Esporte e Aventura de Rio Claro (AEARC), Guilherme Serapião, o Oraculo, explica que reivindicações de melhorias para o esporte vêm sendo feitas à prefeitura há oito anos, e nunca foram atendidas devidamente. Que o ocorrido com a pista doada foi a gota d’água. “Ficamos esperando uma posição dos políticos em geral todos esses anos; vereadores, secretários e outros. Agora a gente quer que a prefeitura assuma a responsabilidade pelo que aconteceu. Queremos saber da boca do prefeito o que vai ser feito, como e quando! Pista de Skate Já”, protesta.
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Outros prejudicados com a destruição do mini ramp são os alunos do projeto social “Escolinha de Skate”. Neste cenário, não foram apenas os skatistas que ficaram desapontados, os pais das crianças também não gostaram da novidade, como é o caso da Patrícia Michile Franco Miranda, que julga a ação como uma falta de respeito. “Acredito que não houve maldade por parte dos responsáveis, mas, sim, uma falta de respeito ao próximo. Faltou analise pessoal, uma vez que eles se julgam carnavalescos de profissão, deveriam pensar que existem skatistas profissionais”, lamentou.
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