quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Bolsas européias tem maior queda em 2 anos e meio


O principal índice das ações européias sofreu nesta quinta-feira sua maior queda diária em dois anos e meio, após uma série de dados macroeconômicos colocarem dúvidas sobre a força da recuperação dos Estados Unidos, maior economia do mundo.

O FTSEurofirst 300, que mede o desempenho dos mais importantes papéis do continente, despencou 4,94%, para 923 pontos. Foi o maior tombo desde março de 2009.

O índice DAX, referência da Bolsa alemã, caiu ainda mais --6%--, com operadores citando os efeitos da proibição de vendas a descoberto de papéis do setor financeiro em outras partes da Europa e também a intensificação de temores sobre a falta de um plano político para resolver a crise de dívida soberana na zona do euro.

O índice que acompanha o setor bancário europeu, exposto à crise de dívida na zona do euro, despencou 6,74%, elevando as perdas no ano a cerca de 30%. Entre as blue chips que sofreram fortes quedas estão Barclays e Société Générale, ambas registrando baixa de mais de 11%. O papel do alemão Commerzbank derreteu 10,5%.

"O mercado está começando a precificar uma recessão. O número do Fed [Federal Reserve, banco central norte-americano] da Filadélfia foi uma abominação absoluta", disse o analista de mercado da CMC Markets, Michael Hewson.

"E até que tenhamos uma idéia clara de como os formuladores de política monetária vão resolver os problemas de dívida soberana da zona do euro, não vamos ver melhora."

De acordo com o Fed de Filadélfia, o índice de atividade das fábricas caiu de 3,2 em julho para menos 30,7 neste mês, muito abaixo das expectativas de uma leitura positiva em 3,7.

Uma leitura acima de zero indica expansão no setor manufatureiro da região, que cobre fábricas no leste da Pensilvânia, sul de New Jersey e no Delaware.

Em Londres, o índice Financial Times fechou em baixa de 4,49%, a 5.092 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX caiu 5,82%, para 5.602 pontos. Em Paris, o índice CAC-40 perdeu 5,48%, a 3.076 pontos. Em Milão, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 6,15%, para 14.970 pontos. Em Madri, o índice Ibex-35 retrocedeu 4,7%, a 8.317 pontos. Em Lisboa, o índice PSI20 encerrou em queda de 4,12%, para 6.030 pontos.

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